domingo, 23 de março de 2014

Aquele pequeno túmulo 6

O Vietnam da periferia e das pequenas aldeias revelam a resistencia do povo desta terra  em aceitar novos hábitos e costumes da gente da metrópole grande. Desejam manter traços do passado, pois não vêem necessidade nenhuma que as coisas mudem. As ruas de terra, as pessoas transportando a o que colhem naqueles pratos de metal apoiados por uma barra de madeira que carregam atrás do pescoço, roupas simples e bem alegres de cores onde o principal é sentirem-se cômodos, alem de, por suposto, do chapéu triangular ou quase, para o sol. Celulares e computadores é raríssimo ver. Antes de mais nada querem ter o seu cantinho. A sua casinha própria do jeito que gostam, isso é o fundamental. Logo, o demais tem de ter utilidade, do contrário, e um desperdício tonto.


Já nas cidades de médio porte como Buon Ma Thuot, o caminhar desviando-se das ruas principais transforma o exercício físico em um agradável passeio por estreitos caminhos inundados de crianças alegres dos dois lados. Para comunicarem-se com o forasteiro o hello e o sorriso são mais que suficientes. Caso você desejar entrar na brincadeira e participar com um aceno ou um gesto divertido, soltarão felizes e graciosas gargalhadas.

Próximo da casa dos meninos, onde eles la moram, há alguns atalhos de ruelas sinuosas e desiguais onde, caminhando,  pode-se chegar ao ginásio que treino de forma mais rápida que se optarmos pelas ruas e avenidas mais movimentadas. Aprendi esse trajeto com meu companheiro de treino, Hai e resolvi então realiza-lo um dia a pé.

Ao percorrer o percurso em direção ao ginásio com dois garotos da equipe no dia seguinte, reparei em um cemitério que ocupava e ocupa os dois lados da rua a céu  aberto, sem qualquer cerca ou muro como nos cemitérios convencionais.

Sempre me deixou curioso entrar nessas ultimas moradias para ver o que os familiares próximos escreviam naquele momento de despedida e dor. Pode-se sentir a tristeza dos filhos, ou da esposa ou dos maridos através do que escrevem nas lapides. Certos túmulos me obrigam a parar e é como que ali quisessem que parasse um pouco para dar-lhes atenção que la estão.


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