domingo, 5 de janeiro de 2014

Um pequeno tumulo (parte 2)

           O meu trabalho em Buon Ma Thuot resume-se a apenas duas horas diárias para 12 meninos. Logicamente poder-se ia realizar mais, ir a colegios ou adicionar outro grupo ao já existente com garotos de idade inferior mas, infelizmente os dirigentesn não o desejam. 

            Pela manhã, após o desajuno bem nutritivo que consiste em uma suculenta sopa ( pham bó ) de carne, miojo de arroz e alguns outros ingredientes, todos da cidade dirigem-se aos inúmeros bares a saborear o cafe. Na realidade,  o café é apenas um pretexto para algo que o vietnamita adora, ou seja, uma interminável tertulia entre amigos. Realmente longa.

          Às exatas uma hora e meia da tarde, depois de almoçar com os jovens da nossa equipe, meu companheiro de treino nos conduz em sua motocicleta de madura idade ao ginásio de esportes onde efetuamos nosso treinamento de 120 minutos de duração.

           Posso comentar aqui que jamais tive dois grupos de rapazes tão respeitosos, tão carinhosos no trato diário como os que tenho em Saigon e BMT. Entretanto, tecnicamente falando, o atleta vietnamita tem pouca iniciativa própria em assumir responsabilidades e reagir a momentos adversos que ocorrem durante um jogo oficial e competitivo. As razoes disso provêem de um processo educativo que permite pouca abertura para os individualismos. Quanto ao enfoque esportivo, o comunismo asiático foi distinto ao europeu e foi fundamentado em uma cultura própria de profundo respeito às pessoas mais idosas, onde a palavra dos mais velhos é imediatamente obedecida.




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